Só para divulgação

Boas. Após uma enorme ausência, resolvi voltar a escrever aqui. Não vou dizer nada de especial (como se alguma vez tivesse dito), apenas venho dar a conhecer um novo projecto que tenho. É "O Mundo de Zezé". É um projecto em tudo semelhante a este, mas em que abordo alguns temas mais interessantes e de uma forma mais séria. Como este blog ainda recebe algumas visitas (MAS SERÁ QUE ENLOUQUECEU TODA A GENTE?), achei que seria bom para o "Mundo" se eu o divulgasse aqui, porque um blog só cresce se tiver visitas e só conseguirei visitas com divulgação. Por isso, quem estiver interessado, entre aqui: http://omundodezeze.blogspot.pt/. Prometo que n' "O Mundo de Zezé" terão mais posts e mais regulares que aqui. E, se algum dia estiver bem-disposto, pode ser que volte a escrever alguma porcaria aqui =)

Selvajaria urbana




Antes de mais nada gostaria de dizer que me enganei nas contas – matemática nunca foi o meu forte – e não era o artigo seguinte, mas sim este que eu escreveria com mais um título europeu conquistado pelo Futebol Clube do Porto.
Passando ao que interessa (sim, desta vez interessa) este texto escrevo com verdadeira indignação. Até aqui sempre escrevi com o objectivo de me divertir e divertir também quem lê o que escrevo – se consegui ou não, são outros quinhentos – mas desta vez vou mesmo falar de um problema sério. Hoje, como todos os dias, estava a ver o telejornal quando me deparo com um cenário deprimente a abrir o dito programa: uma rapariga de catorze anos foi brutalmente agredida por duas outras raparigas. “Cenário deprimente”, pensei. Fui à internet pesquisar o dito vídeo e vi-o. Cenário ainda mais deprimente. Ainda antes de começar o segmento que mostrou no telejornal (as duas agressoras a puxar o cabelo à jovem) ouvimos uns rapazes a “picar” as agressoras dizendo que a vítima disse “não sei o quê sobre não sei quem” até que uma delas passa mesmo a vias de facto e puxa os cabelos à jovem de catorze anos debaixo de pequenos risos de quem assistia. Depressa aparece a amiga da primeira e começa também a puxar os cabelos até que mandam a agredida ao chão e pontapeiam a jovem indefesa. Quem vê ri-se e “manda bocas” do tipo: “Isto já vai para o facebook”.
Ora, até aqui eu pensava que humanos selvagens só mesmo o homem da imagem acima mas apercebi-me que nos estamos a aproximar a passos largos dos animais… não, peço desculpa, nunca tive a intenção de insultar nenhum animal porque os animais irracionais atacam por necessidade ou por se sentirem ameaçados, neste vídeo dá para ver animais ditos racionais a incentivarem à violência por puro prazer e, por isso, são bem piores que os seres vivos que andam na selva.
Com isto a pergunta que se põe é: o que acontecerá às agressoras? E a quem filmou? E aos que assistiam ao “espectáculo” apenas rindo ou espicaçando? Gostava de ver estas perguntas respondidas de forma satisfatória em breve mas com menores de dezasseis anos duvido que aconteça. Portanto, peço a todos os que leiam este texto para pensarem melhor se querem deixar o seu lado animal vir ao de cima ou se querem ser conhecidos por seres racionais e que evitem situações como a descrita hoje. Não só não se metendo em confusões deste tipo mas também não deixando que as mesmas aconteçam.

Televisão Independente ou Televisão Inconveniente?



Pelos vistos enganei-me e escrevo este texto sem que o Porto tenha, até ao momento, conquistado mais um título europeu mas não pude deixar de dar a minha opinião sobre a estação televisiva da imagem, a TVI.
Nem me vou alongar sobre a monotonia televisiva a que os telespectadores do referido canal têm que assistir, por exemplo, até há bem pouco tempo tínhamos as habituais novelas seguidas de Lie to Me (traduzido para O rosto da mentira) de segunda a quinta-feira e às sextas eram-nos apresentadas as mesmas novelas mas com Depois da vida a dar-lhes seguimento, portanto, programas diferentes com o mesmo tema…
Mas o que me leva a escrever hoje é algo mais irritante que a falta de imaginação. Diria mesmo que é imaginação a mais, porque a TVI parece ser de extremos. Não me recordo de outro canal com tanta diversidade de “espectáculos” da vida real (reality shows, como são conhecidos). Já tivemos casas, circos, quintas, tropas e até mesmo tribos. E é daqui que passamos dos oitenta para os oito, novamente porque, sempre que há envolvimento de famosos, vemos quase sempre a figura do “jet set” português, José Castelo Branco. Se não fosse os programas do quarto canal ninguém saberia quem é a pessoa que acabei de referir porque, diga-se, não é como cantor que se vai afirmar. Mas o caso mais evidente é o do Big Brother. Antes das duas edições com figuras públicas, tivemos quatro com ilustres desconhecidos.
Posto tudo isto, seria de esperar que o público se cansasse mas, visto que se continua a apostar neste tipo de programa, leva-me a crer que as audiências são elevadas, portanto, a culpa é vossa, que vêem os ditos cujos.
Desta vez o meu apelo é simples: não querendo prejudicar a estação televisiva sobre a qual escrevo, peço-vos que, se não querem ver José Castelo Branco no mundo da culinária – porque depois de tantos “espectáculos” da vida real não deve restar imaginação para mais –, deixem de ver o que a TVI insiste em despejar nas vossas televisões.

Isto é para jogar, não é para humilhar.




Depois de uma longa ausência – não tão longa como seria de desejar mas, ainda assim, longa – voltei com mais um tema de extrema importância.
Não, não vou falar do casamento real do príncipe William e Catherine Middleton – não é que eu não ache que o casamento de um membro da Família Real Britânica, que nem sequer é o sucessor directo ao trono, não seja de extrema importância para nós, de forma a ser mesmo acompanhado por todos os canais da televisão portuguesa, mas para falar do matrimónio teria também que falar de todos aqueles chapéus e não me sinto preparado para tal nem vos quero maçar (não que o assunto seja enfadonho mas teria que falar muito sobre o assunto e maçador seria o texto) para além do facto da hora marcada para comentários sobre a boda já passou. Sim, porque com tudo cronometrado, também tinha que haver uma hora dedicada aos comentários, mas isso já é um aparte demasiado grande – vou falar de um assunto muito mais polémico. Hoje, ao contrário das outras vezes, vou criticar algo que gosto, neste caso o Futebol Clube do Porto.
As últimas acções do clube acima referido têm sido altamente reprováveis. Como se não bastasse o facto de humilhar e deixar na lama tudo e todos cá dentro (do país), ainda o faz lá fora. Se não vejamos, há sempre quem diga que “para o ano é que é” e, quando chega o ano seguinte, não é. E porquê? Porque o Futebol Clube do Porto arrecada o título novamente, o que traz grandes consequências. Para além da habitual azia, caso aconteça alguma anomalia e outro clube consiga vencer o prémio almejado fica logo com o ego inflamado e, no ano seguinte, quando o Porto volta a repor a normalidade e vence o campeonato, à azia juntasse a dor do ego. Portanto, podemos dizer que o clube Nortenho é uma das maiores causas de doença dos Portugueses.
Outra coisa que tem o costume de fazer é dar esperanças. Começa os jogos a perder só para o adversário pensar que vai ter alguma hipótese e na “hora h”, vencem o jogo, voltando a provocar grave azia. E é aqui que entra as maldades ao exterior, e aí ainda é pior, deixam-nos começar com vantagem e depois marcam cinco golos provocando uma maior humilhação. Daí que se diga que o FCP também é uma causa de doença dos estrangeiros.
Posto tudo isto, venho por este meio pedir encarecidamente ao meu clube que deixe de ser assim, que se limite a jogar futebol que os adversários já se humilham sozinhos, não necessitam de ajuda para isso. Acabo, com este pedido, o texto e despeço-me até ao próximo (que muito provavelmente já escreverei com mais um título europeu conquistado pelo Porto).

Escândalo no reino animal




Boas, espero que as férias tenham sido boas mas, acima de tudo, produtivas e tenham começado a pensar antes de fazer o que quer que seja. Antes de mais nada, gostaria de esclarecer um ponto que parece não ter ficado claro para toda a gente, no último texto. Há muitas formas de dizer a mesma coisa. Uma pessoa não precisa de dizer “O quê?” para fazer uma pergunta. Há muito boa gente – e má, também, há de tudo – que diz “Diz?” ou “Han?” – esta forma é mais parva, mas também é disso que trata o texto em questão – e o mesmo se aplica aos outros assuntos. Pedir desculpa ou para não levar a mal é a mesma coisa (no caso em questão), está bem? Gostaria também de anunciar que agora têm um relógio no canto superior direito do blogue para que a resposta à pergunta número 6 do primeiro texto (o que anunciou o início desta coisa) esteja actualizada. Para isso, é preciso que saibam ver as horas, obviamente.
Esclarecidas as dúvidas que podiam pairar nas vossas mentes e anunciadas as mudanças feitas neste sítio da internet, passando ao assunto de hoje, tenho que expressar o meu desagrado com o reino animal. Mas estão a gozar com quem? Então morre-se assim sem aviso prévio? Ainda por cima em grupos. E qual é a ideia de se armarem em James Bond’s? Não vão ter filmes vossos, por mais espionagem que façam. Vou começar pelo fim e falar do Eli Cohen das aves. Um abutre está a ser julgado por espionagem na Arábia Saudita. É suspeito de trabalhar para a Mossad por ter sido encontrado com um GPS e uma identificação da Universidade e Telavive. Então, se ele é um espião, pode muito bem ter ido um pouco mais longe e roubado o GPS e a identificação (esta por engano, visto que é só um pássaro). Eu nem queria criticar o facto da ave querer ser um espião, mas ser apanhado? Ao menos que fizesse bem o seu trabalho. Depois, o tema “principal”, digamos assim, as mortes em massa. Há duas possibilidades, ou foram vítimas de um assassino em série ou suicidaram-se. Parece-me difícil que seja a primeira hipótese, um só assassino não consegue matar tantos animais em sítios tão distantes em tão pouco tempo. Sobra o suicídio. Não vejo o motivo, talvez seja uma manifestação devido à quebra dos direitos dos animais que possa ter acontecido. Seja como for, isto causa muito transtorno. Comecemos pelos pássaros. O principal transtorno são os ditados populares. Agora, em vez do velho “quem anda à chuva molha-se”, temos o “quem anda à chuva (de pássaros) aleija-se”. O “mais vale um pássaro na mão do que dois a cair” vai substituir aquele em que fala em pássaros a voar, coisa impensável, nos tempos que correm. Isto vai demorar até ficar interiorizado, grande transtorno. Mas também tem aspectos positivos, por exemplo, não nos vão acordar mais de manhã, na Primavera. Outro caso é o dos peixes. Bem bom, eu nem gosto de peixe, podiam morrer todos e sempre dá para passarmos bons momentos no mar sem companhias indesejáveis. Mas é mau para os pescadores, bem podem mandar o isco que não apanham nada, só secam, portanto, se querem dar como desculpa à vossa mulher que vão pescar, só para irem ter com a vossa amante, podem tirar essas ideias da cabeça. Há também o marisco e os caranguejos, isso eu gosto, fiquei indignado com esta decisão de morrerem. Também existe morte de morcegos, mas esses são reles, ninguém fala. Por fim, há relatos de uma doença em cães mas, segundo consegui apurar, apenas afectou 30 animais, que meninos.
E pronto, já me indignei, despeço-me e alerto-vos para terem cuidado, não onde põem os pés, mas com o que vos pode cair em cima.

Aquele tipo de pessoas




As férias estão de volta e com elas, a felicidade de milhares de pessoas. Mas como não pode ser tudo um mar de rosas, este blogue também voltou ao activo. O tema de hoje (ou deste mês) pode ser qualquer um de vós. Pois é, vou falar de gente parva, ou melhor, de coisas que me irritam nas pessoas.
Quem nunca ouviu perguntas deste género: “Já chegaste?”? Se eu não tenho hologramas espalhados pelo mundo, é óbvio que já cheguei. Mas esta não é a única parvoíce ouvida recorrentemente. Nem preciso de pensar muito para me lembrar de outra: “O quê? Foi ontem, por volta do almoço.”. Ora bem, a primeira frase deixa-nos a pensar que a pessoa com quem estabelecemos uma comunicação não entendeu a pergunta mas, logo a seguir, obtemos a resposta. Porque é que perguntam “o quê?” se ouviram a pergunta? É para irritar, só pode. Já que falo em perguntas sem nexo, lembro-me daquelas pessoas que constroem frases do tipo: “Eu estava a comer um gelado, não é?”. Como é que é suposto eu saber? Se eu soubesse, não estava a ouvir a história, mas sim a contá-la.
Outra coisa que me irrita é os atrasos. Mas, como se não fosse suficientemente mau uma pessoa ter que ficar à seca enquanto espera por outra, há quem consiga piorar o assunto ligando a dizer que está a chegar apesar de ainda estar bem longe. O que é que eles pensam que ganham com isso? Tempo não é certamente e se o fazem para acalmar quem está à espera, só pioram. Pelos menos eu não gosto de esperar 15 minutos e, quando me dizem que estão perto, ter que ficar mais 15. Mas há mais. Já tive várias conversas em que alguém se sai com uma destas: “Eu não queria dizer nada, mas…” ou “Eu peço desculpa mas…”. É fácil, nas duas ocasiões, ficam calados. Na primeira porque simplesmente admitiu não querer dizer nada e ninguém o obriga a tal, na segunda porque pediu desculpa e se o fez, é porque sabe que o que vai dizer é errado ou não devia ser dito, mas o pessoal insiste em dizê-lo na mesma.
Passando das palavras aos actos, as pessoas conseguem ser igualmente parvas e irritantes. Começando nos mais idosos. Quem anda de autocarro pode muito bem confirmar o que eu digo. Acham que têm prioridade para tudo (para entrar, para se sentar, etc.), principalmente para se sentarem chegando mesmo a olhar-nos de lado e “mandar bocas” se não lhes cedemos o lugar quando apenas há 4 de cedência obrigatória e são para deficientes, grávidas e mulheres com filhos ao colo. Por fim, temos aqueles que insistem em dar audiências às estações de televisão portuguesas na época natalícia quando, invariavelmente, passam o mesmo filme todos os anos. Não é por ser novidade, certamente, e também não deve ser pela diversão porque já o sabem de cor, é mesmo por parvoíce extrema.
Há muito mais situações mas para descrever tudo o que é parvo, não me chegava estas férias, portanto, termino por aqui. Apenas peço que pensem um pouco antes de falar/agir para não se tornarem no tipo que está na imagem do topo da mensagem. Se eu não vos escrever antes, boas férias.

Aulas de substituição





Pois é, após uma ausência de um mês e meio, estou de volta. E com o mesmo tema da última vez, a escola. Como não poderia deixar de ser, venho criticar. ”E vens criticar o quê?” – perguntam vocês. Pois bem, venho criticar as aulas de substituição que são umas autênticas jaulas para os alunos.
Não digo que a ideia até nem seja boa, suprimir lacunas causadas por uma falta de um professor e que poderá atrasar a aprendizagem dos estudantes, mas torna-se parvo quando temos um professor de Espanhol a substituir o de História. Obviamente, este não está habilitado a fazer esse trabalho e, na melhor das hipóteses, ou entrega uma actividade deixada pelo docente em falta (actividade essa que temos que resolver socorrendo-nos apenas dos nossos recursos visto que quem nos está a supervisionar percebe tanto ou menos que nós do assunto em questão) ou inventa ele mesmo uma actividade extracurricular. Portanto, há aulas de História em que os alunos praticam a memória, concentração ou mesmo as suas capacidades de mímica (o que deve ser extremamente útil para quem quer seguir uma carreira como historiador). Também há aqueles professores que resolvem perfeitamente a situação e perguntam, “O que é que querem fazer?”. Escusado será dizer que rejeitam a hipótese de nos deixar ir embora mas também não sugerem nada melhor e, falando por experiência própria, há quem passe aulas de 90 minutos a ouvir música.
“Mesmo assim, em que é que as aulas de substituição são uma jaula?” Esta deve ser a questão que todos fazem. E, mais uma vez, tenho que recorrer às minhas experiências para vos dar um exemplo. Na minha escola, ainda se usa o sistema de cartões electrónicos de diferentes cores. O cartão vermelho diz que apenas se pode sair da escola durante a hora do almoço e ao fim do horário escolar, o azul que se pode sair durante os intervalos, à hora do almoço e no fim do horário e, por fim, o verde (que é o que eu possuo) que me permite ter todas as mordomias do cartão verde e ainda me possibilita a saída caso não tenha a última aula. Mas somos obrigados a frequentar as aulas de substituição correndo o risco de ter falta caso nos recusemos a fazê-lo. Logo, pior que estar numa jaula, é ser-nos fornecida uma chave que não serve para a fechadura dessa mesma jaula.
Se ter aula de substituição é melhor que ter aula curricula? Talvez, se é algo produtivo e necessário para o nosso futuro? Aí, a minha resposta já é negativa. Obrigado a todos os que leram isto e bom Halloween.