Aulas de substituição





Pois é, após uma ausência de um mês e meio, estou de volta. E com o mesmo tema da última vez, a escola. Como não poderia deixar de ser, venho criticar. ”E vens criticar o quê?” – perguntam vocês. Pois bem, venho criticar as aulas de substituição que são umas autênticas jaulas para os alunos.
Não digo que a ideia até nem seja boa, suprimir lacunas causadas por uma falta de um professor e que poderá atrasar a aprendizagem dos estudantes, mas torna-se parvo quando temos um professor de Espanhol a substituir o de História. Obviamente, este não está habilitado a fazer esse trabalho e, na melhor das hipóteses, ou entrega uma actividade deixada pelo docente em falta (actividade essa que temos que resolver socorrendo-nos apenas dos nossos recursos visto que quem nos está a supervisionar percebe tanto ou menos que nós do assunto em questão) ou inventa ele mesmo uma actividade extracurricular. Portanto, há aulas de História em que os alunos praticam a memória, concentração ou mesmo as suas capacidades de mímica (o que deve ser extremamente útil para quem quer seguir uma carreira como historiador). Também há aqueles professores que resolvem perfeitamente a situação e perguntam, “O que é que querem fazer?”. Escusado será dizer que rejeitam a hipótese de nos deixar ir embora mas também não sugerem nada melhor e, falando por experiência própria, há quem passe aulas de 90 minutos a ouvir música.
“Mesmo assim, em que é que as aulas de substituição são uma jaula?” Esta deve ser a questão que todos fazem. E, mais uma vez, tenho que recorrer às minhas experiências para vos dar um exemplo. Na minha escola, ainda se usa o sistema de cartões electrónicos de diferentes cores. O cartão vermelho diz que apenas se pode sair da escola durante a hora do almoço e ao fim do horário escolar, o azul que se pode sair durante os intervalos, à hora do almoço e no fim do horário e, por fim, o verde (que é o que eu possuo) que me permite ter todas as mordomias do cartão verde e ainda me possibilita a saída caso não tenha a última aula. Mas somos obrigados a frequentar as aulas de substituição correndo o risco de ter falta caso nos recusemos a fazê-lo. Logo, pior que estar numa jaula, é ser-nos fornecida uma chave que não serve para a fechadura dessa mesma jaula.
Se ter aula de substituição é melhor que ter aula curricula? Talvez, se é algo produtivo e necessário para o nosso futuro? Aí, a minha resposta já é negativa. Obrigado a todos os que leram isto e bom Halloween.

3 comentários:

  1. Basicamente este post serviu para dizeres que tens um cartão verde. Tão fácil como isso.

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  2. Epah, concordo contigo. É absolutamente parvo, pelo menos com alunos de secundário, que são aprisionados como se fossem meninos do infantário. Se posso minimamente aceitar as aulas de substituição para o ciclo, não posso deixar de estar indignado por sermos tratados como meninos de 10 anos.

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  3. Zé, também concordo contigo em todos os pontos... No meu liceu podes sair e entrar quando quiseres o que e óptimo... Pois senão fanava-te o cartão verde :D

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